Recorrida...

sábado, 25 de junho de 2011

Madrugada Grande

Amigos é madrugada de sábado pra domingo, e tenho a companhia de minha linda, meu cachorro, do vinho e da madrugada!

A alma é serena como um final de tarde de outono onde mansamente se ve as folhas cairem dos galhos.

Resolvi trazer então uns versos meus, que foram do 1° Contraponto do Arte Sureña de São Gabriel:

Madrugada Grande

Versos cheirando a campo
Brotando na madrugada
Minha alma orquetada
No lombo da poesia
Linda e bela melodia
Nesta milonga pampeana
Onde a guitarra soberana
Nestes acordes pulperos
Explicando um ser fronteiro
E minha mescla castelhana

Me quedo assim ao largo
Pajando e guitarreando
Pois escuto ela cantando
A madrugada se agiganta
Seus ventos abrem a garganta
Versejando em meu ouvido
Em contraponto ao sonido
Desta minha guitarra sureña
Nesta milonga "Osireña"
Un hijo bien parido

Sou cantor de coisas simples
Que se fazem poesia
Murmúrios de nostalgia
Ao sereno entremeando
Umedecendo e canlando
 Sobre os fios do alambrado
Onde são transmutados
Em acordes madrugueiros
Por duendes guitarreiros
E em milonga batizados

E por milonga me findo
E calo meu versejar
O sol está pra chegar
Levando a madrugada
Minha bela e linda amada
Que me embala e acalma
Matando a sede da alma
Nestes sagrados momentos
Onde se mostra os lamentos
Pelas privações da fala...

Bueno, me acabou o vinho, então:

Boa noite!!!!!!!!

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