Recorrida...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mano Lima, um Filósofo Campeiro!!!

Che meus amigos, é impressionante como as notícias correm ligeiro pela internet, e principalmente pra gente que participa do Twitter, tudo que acontecendo com um amigo, ou com outro, fica rolando por ali, e a gente acaba estando sempre em contato e fica atualizado né...


Bueno, hoje pelo Twitter tive mais uma grande surpresa e claro de bueníssimo bom gosto, atitude e competência. Tava chegando nas casa e enquanto esperava a Fran fechar a clínica liguei o pc pra dar uma conferida nos assunto e bem na hora o amigo @fcoveiga (Francisco Veiga) tava postando lá nos twetssss, estes vídeos que trago pra vocês agora.

Brilhante idéia tiverem este buenos gaúchos da TV RONDA GAÚCHA !!!

Este homem é um esteio da nossa cultura, do nosso folclore!!!!

Absorvam a essência de uma homem preocupado com o que é nosso, que somente fala coisas com conteúdo e com fundamento, e principalmente um homem de BEM. 

MANO LIMA...




  

Um abraço bem cinchado!!! 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Un Peon, Segundo Molina

Já deve ter dado pra perceber que me agrado por demais da poesia criola, a nossa literatura gaúcha e por supuesto gaucha, é de uma magnitude impressionante.
Ao decorrer dos tempos vemos autores, poetas que conseguem transmitir tamanhos sentimentos com as palavras falando em nosso puro linguajar.
As coisas mais simples pra nós se tornam tão caras...


Então pra apreciação dos amigos que por aqui cruzam, deixo mais um tema pra que seja apreciado.




Un Peon, Segundo Molina

V. A. Gimenez - A. Merlo

Llegó a la estancia de paso
pa'l tiempo de las esquilas
y alargó su permanencia
por causa de que llovía,

En la esquina de un galpón
l' hizo tabique una estiba,
tendió el catre y de un alambre
colgó sus escasas pilchas,
y al no encerrar la majada
y andar de gusto esos días
pa' no pasarla aburrido
ayudó... en lo que podía,
que juntar marlos pa' l fuego,
arreglar unas bebidas,
cortar lonjas, sacar tientos,
desgranar pa' las gallinas...

Y cuando compuso el tiempo
y terminó con la esquila
se quebró un peón,
pa' reemplazarlo unos días,

Despúes en la mesma estancia
otras changas que salían...
del galpón, pasó a las piezas
que pa' los peones había.

Y como el tiempo se escapa
y se amontonan los días
ya van como veinte años
que aquel Segundo Molina
es un hombre para un patrón
ya no es más peón golondrina.

Pero, el asunto ha cambiao
en estos últimos días
ya que a llegaó a la estancia
un juez, con un polecía
pa' anoticiarlo al patrón
de un parte que le traían:
que en su campo trabajaba
un tal... Segundo Molina
pa' la patria... desertor
cuando llamó la Marina,

Al enterarse el patrón
V. yendose... todavía -
V. pensando una confusión
dentró a escuchar que decían,
y la verdad era cierto,
aunque ni el peón lo sabía...

¡ había pasao mucho tiempo
del sorteo y la milicia !.
Pero el juez insistió
completando su teoría:
¡ Por no servir a la patria
es un desertor... Molina !.

Esas palabras cayeron

pa' l patrón, como agua fría
y levantando la voz
dentró a sangrar por la herida...

¿ Como... que no ha servido a la patria
mi pión... Segundo Molina... ?
¡ Podrá o no ser desertor
d' eso no ando con porfías...
pero que sirvió a la patria
doy fé y me juego la vida...
Porque hace más de veinte años
sin aflojarle ni un día
con en el arao, de a caballo,
sin conocer la fatiga,
lidiando con toros bravos,
haciendo crecer la estiba,
recorriendo los potreros
pa' l tiempo de las paridas...
¿ O solo sirve a la patria
aquel que va a la milicia... ?


Vaya nomás que enseguida

me cambio y salgo pa' l pueblo
a ver la papelería y buscar un abogao´
que lo defienda a Molina...

El peón, que estaba escuchando

sin decir, la boca es mía
salió al tranquito y pensando
en las cosas de la vida,
el que siempre iba alegando
que a llorar no aprendería...
con la cabeza agachada se metió pa' la cocina...

Y le mojaron sus ojos el puño de la camisa...
Mientras seguía escuchando
lo que' l patrón... repetía:
¡ Con qué... no ha servido a la patria
mi peón... Segundo Molina ! ...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Nós mesmos...

Aqui bem mais ao sul existe uma raça de homens que são do lombo do cavalo!!!
Uma gente de fibra e de honra...
...onde a educação, o respeito ao que é nosso é o que norteiam nossa vida.
Aqui os mais novos respeitam e aprendem com os mais maduros.
Aqui somos simples sem sermos simplórios...

Aqui um filho tem em seus ideais principamente orgular seus Pais...

Não somos mais nem menos que ninguém, simplesmente SOMOS QUEM SOMOS PELO SIMPLES FATO DE SERMOS ASSIM...

Pra quem não conhece, a eles se dá o nome de GAÚCHOS!!!!!




 Não é novidade que o nosso povo tem um afinidade grandíssima com cavalos.
Para o homem sulino o cavalo é o melhor amigo bem junto com os cachorros...

A formação da nossa gente tem laços estreitos com estes animais, o gaúcho não seria o gaúcho sem o cavalo, esta criatura bárbara e linda que aprendemos a amar desde muito cedo em função de nosso cotidiano na maioria das vezes  vinculado ao meio rural.

Mesmo aqueles que são citadinos, tem um sentimento xucro dentro de si, carregam por menor que seja um sentimento terrunho que  ao verem um pingo acabam se identificando com o que é nosso, com  o nosso jeito...

 Para elucidar ainda mais esta amizade que transpõe as ERAS, trago este poema do Guilherme que é uma obra de arte da nossa literatura criola:

ROMANCE DO PICAÇO ESTRELA
(Guilherme Collares)


- Que Deus maldiga a memória
do índio Pampa bandido
que matou o meu cavalo!...
... Rumina Sargento Antonio
- cavalaria gaúcha -
engatilhando a garrucha
de uma vida que se esvai...

- Que Deus maldiga a memória
do índio Pampa bandido
que matou o meu picaço!...
... e matou a própria fome
co’a carne do meu pingaço
nos chacos do Paraguai.

Até recordo do dia,
no acampamento em Corrientes
- e já faz quase três anos -
que chegou a cavalhada
do tal de Venâncio Flores
- o caudilho do Uruguai:

Nem encerraro a manada
e eu já tinha cobiçado
aquele picaço estrela...
... Com brilhos de ponteçuela
fulgurando no olhar.

Eu lacei no mangueirão!...
Eu mesmo sentei as garra!...
Ele queria uma farra
e eu agüentei o repuxo!...
Pois todo potro velhaco
dá um cavalo de respeito
pros arreio de um gaúcho!
 

- E agora?... Sem meu cavalo?!...
O que é que vai ser de mim?
Des’que acampamo por perto
da tropa dos argentino,
co’aqueles índio bandido
- e já vai pra mais de mês -
que eu passo as noite de em claro
co’a soga do meu picaço
na mão – que é pra não dar vez!

- E na noite de anteontem
eu me dormi e, pra sorte,
a soga se me escapou
e a mi’a desgraça se fez!

Campeei e, no outro dia,
já achei o estrago feito:
A buchada... As pata... Os resto
- faltava até a cabeça! -
do meu picaço mentado... 

... Que foi sangrado e carneado,
e foi assado e comido
como se fosse uma rês!

- La pucha!... Que banditismo,
malvadeza e judiaria
que um encontra pela frente!
- Comer carne de cavalo,
não mal comparando, é o mesmo
que comer carne de gente!

E quanta andança fizemo!...
E quanta lança trançamo!...
A nossa carga era um dano
na infantaria inimiga!
E o General – há quem diga –
comparando a nossa sorte:
- Que o meu picaço era um forte
e eu – um anjo da morte –
lanceando vida por vida!



Dei queixa pra’o General
do sumiço do cavalo...
Nada podiam fazer!...
E des’que entremo no Chaco
e morreu a cavalhada!...
- Um gaúcho sem cavalo
é mais uma sepultura
plantada longe do pago
que viu a gente nascer!

- E agora?... Sem meu cavalo?!...
O que é que vai ser de mim?

Um tiro corta o espaço...
... Assombrando a noite grande
do acampamento aliado
nos ermos do Paraguai...

E encontram Sargento Antonio
- cavalaria gaúcha -
com a cabeça caída
e um fio de sangue a jorrar...
Nos olhos o mesmo vítreo
cristalino e luminoso
daquele picaço estrela
... Com brilhos de ponteçuela
fulgurando no olhar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Herança

Trago para os amigos este tema que para mim é sem sombra de dúvida uma obra-prima  da nossa poesia gaúcha.

Herança

Apparicio Silva Rillo


Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...

As casas já nasciam velhas.
Eram uma casas cálidas, solenes
sob as telhas portuguesas, maternais.
Em pálidos azuis eram pintadas
e em brancos, em ocres e amarelos.
Algumas nem mesmo tinham reboco. Na
carne dos tijolos mostravam-se nuas,
abertas em janelas que espiavam
da sombra verde para o sol das ruas.

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...
Tinham balcões e sacadas essas casas
e úmidos porões e sótãos com fantasmas.
E tinham jasmineiros sobre os muros
e acolhedoras latrinas de madeira
disfarçadas entre as plantas dos quintais.
E laranjeiras e galos e cachorros
um barril barrigudo cheio d'água
e uma concha de lata para a sede.
Nas varandas que eram frescas e abertas
a moleza da sesta numa rede...

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...
As portas eram altas
e alto o pé-direito das salas dessas casas.
Mas eram simples as pessoas que as casas abrigavam.
Os homens chamavam-se Bento, Honorato, Deoclécio,
as mulheres eram Carlinda, Emerenciana, Vicentina.
Os homens usavam barbas e picavam fumo em rama,
as mulheres faziam filhos, bordados e rosquinhas.
Os homens iam ao clube, as mulheres À missa,
e homens e mulheres aos velórios.
Morriam discretamente e ficavam nos retratos.

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...
  A igreja tinha santos nos altares
e havia mulheres rezando ao pé do santos.
O padre usava uma batina cheia de manchas e botões,
batizava crianças, encomendava os mortos,
rezava a missa em latim: "Agnus Dei"...
e comia cordeiro gordo na mesa do intendente.
Os homens ajudavam nas obras da igreja,
mas acreditavam mais nas armas que nos santos.

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...
Os chefes eram chamados "coronéis".
Ganhavam seus galões debaixo da fumaça
em peleias a pata de cavalo,
garruchas de um tiro só e espadas de bom aço.
As mulheres plantavam flores e temperos
pois tinham mesma valia o espírito e o corpo.
Sabiam receitas de panelas fartas,
faziam velas de sebo e tachadas de doce
e de graxas e cinzas inventavam sabão.

Naqueles tempos, sim,
naqueles tempos...
os bois mandavam nos homens,
e por isso a vida era mansa na cidadezinha
arrodeada de ventos, chácaras e estâncias.
Os touros cumpriam devotamente o seu papel
e as vacas, pacientes,
pariam terneiros... e terneiros... e terneiros...
O campo engordava os bois,
as tropas de abril engordavam os homens
e os homens engordavam as mulheres.

Por isso a cidade chegou até aqui.
Por isso estamos aqui
- netos e bisnetos desses homens,
dessas mulheres, netas e bisnetas.

Por isso um berro de boi nos toca tanto
e tão profundamente.
Por isso somos guardiões de casas velhas,
almas de sesmarias e de estâncias,
paredes que suportam seus retratos.

O músculo do boi na força que nos leva.
A barba dos avós como um selo no queixo.
O doce das avós na memória da boca
e nela este responso:

- Naqueles tempos, sim, naqueles tempos...

sábado, 9 de julho de 2011

Relato lindo da infância de meu Pai...

O TEMPO VOA TAL QUAL A VELOCIDADE DA LUZ!!!!!


Até parece que foi ontem
Um boieiro montando um cavalo piqueteiro
muito antes do dia clarear
juntando os bois de canga 
Em madrugada fria de geada
Alcançava seu objetivo
porque sabia o pouso dos bois
Pois ainda era noite 
E de pés descalços adormecidos
Pelo frio do gelo do inverno
De quando em vez apeiava
Onde um boi levantava
buscando um pouco de calor
Na esperaança de voltar a sentir seus pés
Mas não podia se atrasar
Por que ao sair do sol toda a boiada
Tinha que estar na canga
E em cada coice de um arado 12
Um taura fazia história
Que hoje a maioria nem sabe 
Do que estou falando!!!!!!


  05/07/2011
Jorge Teixeira

É verdade...

"Nada como um dia após o outro...
ontem tanta tristeza e tanto sofrimento!!!!!
ontem nos faltava chão sob nossos pés!!!!
ontem revolta e indignação!!!
ontem até nossa fé foi abalada!!!
hoje tanta alegria e esperança.
hoje tanto orgulho do que plantamos!!!
hoje a fé revigorada na certeza de Deus!!!
Hoje um dia lindo e ensolarado.
Com certeza!!!!!
Nada como um dia após o outro!!!!"
Jorge Teixeira
 
 
É Verdade Pai!!!!!
Classifiquei-me em 1° lugar na seleção do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Pelotas. Área de concentração: Melhoramento Animal. 
 Que bom que consegui dar mais este orgulho pros meus Pais e pra minha Fran, e principalmente consegui dar este orgulho pra MIM, que tenho a certeza do que QUERO!!!!!
Mil gracias a vocês que estão sempre torcendo por mim!!!!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SAUDADE...

A primeira coisa que me pergunto é: __Por Quê?

Não sei responder e ninguém saberá.
O Pai Velho quis assim...

Uma nova estrela brilhará hoje no céu do Rio Grande...
... Padre y hijo se van unidos!!!!!!

To em estado de choque, minha real situação de agora é INCONFORMADO...
... por não poder fazer nada
... por me sentir impotente
... por não estar lá

Inconformado por perder um amigo de VERDADE!!!

A gente se questiona: 
Como há tanta gente no mundo que não merecia nem viver?
Como que alguém com tanto a realizar, com sonhos, com VONTADE DE VIVER, pode assim ser parado?
Por que meu Deus, por que?


Somos tão cheios de pretensão, dentro de nossos mundos utopicamente inabaláveis. Cremos que as coisas ruins de nós se afastam e que o que de mal acontece ao próximo nunca vai bater a nossa porta!!




Devemos ser bons e cuidar dos nossos sempre!!! Não estou arrependido de não não ter estado contigo em certas horas, pois sempre que estive ao teu lado aproveitei ao máximo a tua LUZ.


Julio véio...
Hoje Eu perdi um AMIGO!!!!!!

Quis o Pai Velho que assim fosse...


... mas porque?


Tem uma dor dentro de mim que se chama: TRISTEZA, porém sei que um dia ela vai virar SAUDADE!!!!!!


A gente sempre quer a PRESENÇA.


Perder um amigo é algo que nos torna ambíguos em uma questão: QUERER...

1. Por um lado não queriamos perde-lo.
2. Por outro queremos acreditar que por Bueno é que Deus o chamou...

Mas que raio de vontade divina é esta que nos priva de quem nós gostamos?

Não sei e não quero brigar com o Divino, mas é que... 
... dói!!!


Hoje eu perdi um Amigo de VERDADE!!!!!


Se o Pai Velho quis assim, deve ter um plano muito maior para ti, pois uma alma iluminada como a tua só agrega o BEM!!!!!

Termino estas linhas com os olhos enxaguados, o teclado molhado, uma botella de whisky pelo meio e o coração sangrando!!!!!




Hoje Eu perdi um Amigo de VERDADE...

...o que vai me restar?

Uma Bonita Saudade!!!!!
 

sábado, 2 de julho de 2011

La Chacarera...

Vamo lá então...

Dando continuidade ao brilhante projeto Chacarereando de Fabiano Bacchieri!!!

"Que venga la resta..."

Projeto Chacarereando - Añoranzas - Chacarera Doble

 

Projeto Chacarereando - Chacay Manta

 

Projeto Chacarereando - Potro sem Dono - Aire de chacarera