Recorrida...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

"La Chacarera"

Che que bárbaro!

Acompanhado pelo twitter as postagens do grande cantor, compositor e amigo Fabiano Bachieri, me deparei com o projeto Chacarereando!

De muito bom gosto, os videos a seguir são auto explicativos!!!!!!!!


Projeto Chacarereando - Chacarera Simples - Chacarera de Las Piedras



Projeto Chacarereando - Chacarera de un Triste - Simples




Projeto Chacarereando - La Vieja - Chacarera simples - trunca



Projeto Chacarereando - Déjame que me vaya - Chacarera Doble trunca




Parabéns Fabiano, por mais esta iniciativa, sempre demonstrando um fundamento bárbaro naquilo que faz relativo a nossa cultura!!!
Mil Gracias!!!!!!!!!!
El Comandante Hugo Chávez se encuentra en Cuba en grave estado de salud por causa de uma bactéria. Los invitamos a todos a orar por la salud de la bactéria, que resista a los antibióticos y que sea fuerte para que pueda culminar com êxito su misión.”
Recebi este email hoje de manhã, e achei o texto muito bom,por isso compartilho com os amigos:

Autor desconhecido


NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL !!!

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: 
"ninguém é insubstituível"!
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - o encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? 
Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…

O rapaz fez uma pausa e continuou:

- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis.Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… 
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de
‘técnico de futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. E voltou a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças… E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões que 'foi pra outras moradas'. 
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, parasubstituí-lo, chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.

Conclusão:

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É… E OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO… ACOSTUME-SE A ISSO… COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO…"


É bom para refletir e se valorizar!

Bom dia... INSUBSTITUíVEL!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Encontro de Fronteira...

Bueno...
Andava pensando e pensando. Dai então fui tomar um mate hoje com o Tavares e cheguei a uma conclusão:


"SEMENTE"


Isto mesmo, SEMENTE, foi plantada uma semente no íntimo da comunidade musical bageense, e foi uma semente que germinou e com certeza já é uma muda frondosa.


Não sou de Bagé, me orgulho disso por amar o meu São Gabriel, mas sou de Bagé, pois estou aqui já a um bom tempo e este lugar me acolheu tão bem, muitas coisas maravilhosas pra mim aconteceram aqui, aqui encontrei a minha FRAN MINHA LINDA MINHA DONA, aqui me tornei Veterinário, enfim...


...Aqui faz parte de mim também!!!


Mas apesar de ter muitos amigos e conhecidos nesta cidade, sentia a falta desta comunhão entre as pessoas da música regional aqui de Bagé, comentava com os guris durante o Encontro de Fronteira que isto, esta integração existe lá em São Gabriel e aqui, logo aqui, Rainha da Fronteira, uma cidade bárbara e com uma história tão fundada que nem precisa comentários, aqui eu não VIA e não TINHA isso.


Mas...


...mas agora Eu VI e TIVE isto!!!!!!


O Festival Encontro de Fronteira foi, ao meu ver, tão importante que acho que nem quem lá esteve tem a verdadeira noção do que aconteceu.


Lá se mostrou que todos estamos unidos MESMO sob a mesma Bandeira, sendo esta bandeira tão bem construida que consegue representar todas as tendencias musicais que foram apresentadas pelos "festivaleiros"!!!


Como precisamos cade vez mais disto...  
Disto=VERDADE!!!


Bagé precisava MUITO disto!!!!!


VERDADE no que foi cantado, falado, debatido, escrito, tocado, conversado, debochado, festejado, comido e bebido!!!!!!!!!!!


VERDADE NO QUE ACONTECEU




Com o nome dos que tiveram o peito, vontade e visão de organizarem...


...SAUDO A TODOS QUE LÁ COMIGO E CONOSCO ESTIVERAM:






PARABÉNS              Rodrigo Tavares
                                 Guilherme Batista
                                  Tiago Cesarino


e...


...muito obrigado!!!!!!!!


VIDA LONGA AO ENCONTRO DE FRONTEIRA!!!!!!!!!!!!!!!!






PS: Na entrevista do Tiago, Tavares e do Tio Gui no programa do Godinho fui classificado como "Um Autêntico Representante da Música Campeira Gaúcha"!!!! Muito obrigado por este comentário, fiquei realmente muito feliz com isto que falaram ao meu respeito!!!!!!!


Um grande abraço!!!!

Manifesto Musical...


Posto este texto por acha-lo de um fundamento incrível, uma verdade que deve ser refletida e além de tudo ser colocada em prática...


Por Guilherme Colares:

"Nos idos de 97 ou 98, enquanto eu ainda engatinhava no meio musical dos festivais sul-riograndenses, lembro bastante bem de chegar a diversas rodas de músicos, como ainda hoje, e verificar meus colegas conversando sobre as linhas melódicas de improvisação do Jazz ou sobre a harmonia da Bossa Nova ou do Ivan Lins, ou sobre o Paco de Lucia e o John McLaughlin. Lembro que, pela necessidade de socialização e espírito gregário inerente ao ser humano, que necessita ser aceito pelos membros de seu clã, também gastei horas conversando e discutindo esses assuntos. Porém, nunca me detive muito escutando essas músicas, pois escuto diariamente o folklore crioulo, entendendo-se isso como a música do gaúcho rio-platense em todas as suas manifestações e bandeiras, desde o sul do Paraguay, passando pela Argentina, Uruguay, Rio Grande do Sul e certas regiões do Chile: a música de nossos antepassados.
Sempre me coloquei junto ao meio e perante meus colegas, como um músico e compositor muito resumido (como realmente sou), em que a perseverança e o afinco prevalecem em muito sobre o talento. Porém, tenho consciência que mesmo sem entender-me como uma autoridade no assunto, conheço razoavelmente bem os ritmos e bases
históricas da música e poesia de meus antepassados. Notem que nem de longe me coloco como um “dono-da-verdade”.
Refletindo ainda sobre o assunto: o meio poético-musical dos festivais do nosso estado é de cunho essencialmente folklorico (pelo menos isso é o que rezam os regulamentos de 99% desses eventos), porém, o que vemos em seus palcos, não corrobora com esse percentual. Digo isso com conhecimento de causa, pois iniciei nesse meio há mais de 20 anos.
Com isso, pergunto: seremos, alguns poucos mentecaptos, os errados em cultivar a música de nossos antepassados, aplicando a ela a originalidade de nossos dias e as influências a que somos submetidos pelo meio em que vivemos (expressão máxima do folklore)? Até quando seremos os “quadrados” ou “os de boina” ou os “das nazarenas, chiripás e tolderias”, como somos rotulados por alguns “experts” em música alienígena, e que muitas vezes nos julgam, mas que botam a panela na mesa graças ao dinheiro oferecido pelo meio musical onde deveria prevalecer a verdadeira cultura do gaúcho?
Graças a Deus, não sinto mais vergonha e nem me sinto rebaixado em uma roda de músicos quando discutem o último disco do Chico Buarque ou as harmonias do Ivan Lins. Com todo respeito a meus colegas, esses imensos artistas da música brasileira não tocam a Cifra, a Vidalita e o Estilo Pampeano. O Paco de Lucia não saberá tocar uma Milonga “desencontrada” como faziam o Cafrune ou o Yupanqui. E nem o Art Vam Damme ou o Dominguinhos vão tocar chamamé como o Raulito ou o Montiel. Muito menos a Maria Gadu e o Caetano saberão cantar como se deve uma “Chamarrita de Galpão” ou “Funeral de Coxilha”. Uma ressalva: sou fã e escuto o Chico Buarque, o Ivan Lins, o Paco, o Dominguinhos e o Art Vam Damme e adoro ver o Caetano e a Gadu cantando e tocando violão.
Não peço que os colegas não gostem ou neguem a música de artistas nacionais ou internacionais, quaisquer que sejam, mas que, pelo menos, reservem uma pequena parcela de seu tempo para entender e executar corretamente as bases rítmicas de seus próprios antepassados.
Termino esse desabafo com uma constatação: talvez seja por isso que nossa música não ultrapasse as fronteiras além de nossas próprias vaidades pessoais.
E, ao final desse manifesto, não dirigido especificamente a ninguém e ao mesmo tempo a todos, não me desculpo se ofendi alguém com minhas modestas opiniões. "Soy gaucho y canto opinando". A todos os que não gostam do que digo, por favor, dirijam-se ao final da extensa fila. E meus respeitos a todos os que, pelo menos, dignaram-se a refletir sobre o assunto."

Guilherme Collares
Bagé, 03 de junho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

E por falar em Contraponto...

Vem ai o 4° Contraponto da Arte Sureña...



Será realizado nos dias 15 e16 de julho em São Gabriel!!!!!!!


Lá estaremos mais uma vez juntos aos que nos fazem bem, e irmanados pelo simples fato de fazer aquilo que gostamos.

Muita música boa, gauchada, cultura, felicidade, boia camperia, carne gorda e um traguinho de leve!!

Vida longa ao Contraponto!!!

sábado, 25 de junho de 2011

Madrugada Grande

Amigos é madrugada de sábado pra domingo, e tenho a companhia de minha linda, meu cachorro, do vinho e da madrugada!

A alma é serena como um final de tarde de outono onde mansamente se ve as folhas cairem dos galhos.

Resolvi trazer então uns versos meus, que foram do 1° Contraponto do Arte Sureña de São Gabriel:

Madrugada Grande

Versos cheirando a campo
Brotando na madrugada
Minha alma orquetada
No lombo da poesia
Linda e bela melodia
Nesta milonga pampeana
Onde a guitarra soberana
Nestes acordes pulperos
Explicando um ser fronteiro
E minha mescla castelhana

Me quedo assim ao largo
Pajando e guitarreando
Pois escuto ela cantando
A madrugada se agiganta
Seus ventos abrem a garganta
Versejando em meu ouvido
Em contraponto ao sonido
Desta minha guitarra sureña
Nesta milonga "Osireña"
Un hijo bien parido

Sou cantor de coisas simples
Que se fazem poesia
Murmúrios de nostalgia
Ao sereno entremeando
Umedecendo e canlando
 Sobre os fios do alambrado
Onde são transmutados
Em acordes madrugueiros
Por duendes guitarreiros
E em milonga batizados

E por milonga me findo
E calo meu versejar
O sol está pra chegar
Levando a madrugada
Minha bela e linda amada
Que me embala e acalma
Matando a sede da alma
Nestes sagrados momentos
Onde se mostra os lamentos
Pelas privações da fala...

Bueno, me acabou o vinho, então:

Boa noite!!!!!!!!
Compartilho com vocês um video  bueníssimo da
19° Sapecada da Canção Nativa de Lages

 3º Lugar e Melhor Tema Campeiro:

O MESMO

Letra: Fábio Maciel e Mateus Neves da Fontoura
Música: Juliano Moreno
Intérprete: Marcelo Oliveira
Ritmo: Chamamé






Parabéns aos Jorge por esta baita obra!!!!!!!
Deixo no más este poema que foi recitado por Larralde e também por Marco Aurélio Campos!
 
Segue as duas versões:
 
Pa' Usted
José Larralde
Pa usted, señor,
pa usted que sabe tanto,
pa usted que cuando
llega a una fiesta,
de esas fiestas
gloriosas de mi tierra,
o simplemente
una doma que le llaman,
que de doma
no tiene nada,
porque el que sabe
le llama jineteada.


Pa usted, pa usted
y pa muchos que
pa probar a un criollo,
quieren hacerlo
al volcao de una pialada,
o al vellaquear
de un mancarrón mañero
acostumbrado a que
el hombre clave guampas.


A usted quiero
clararle la mirada.
Le voy a decir nomás
de cosas que conozco,
de lo que me han contado,
no diré nada.


Pa que vea que no
me voy del zurco
pa esquivar el cueverío
y la vizcachada.


Y le voy a contar
de tiempos de ahora,
no de aquellos tiempos
que habrá pasado mi tata.


Allá en mi pago,
está el que se le sienta la potrada,
y está el que piala,
y el que arrea,
y el que marca,
y el que en un tu
se deja el apellido,
y el que con tientos
teje una esperanza.


Gente que el tiempo
no logrará borrarla,
porque son hombres
puntales de mi patria.


Pero en mi pago,
en mi pago también
está el que alambra,
y sin saber
tal vez montar un flete
monta la pala mocha,
la barreta, hace maneas,
california y sangra.
Ese, también es criollo, compañero.


También está el varón
que haciendo hilacha
va pechando
una tropa leñatera.


Novillada de piquillin caldenes
con un pingo al que le llaman
hacha!, ese,
también es criollo compañero.


Y hay otros que aguantan vellaqueadas,
y en el tuse de una melga bien cortada,
dejan marcas con letras de semilla,
en las noches de fría tracteorada,
esos, esos también son criollos, compañero.


Y está el que corta el yuyo,
y el que ordeña, y el que esquila,
y el que cura, y el que baña.


El que a fragua y vigor
ni anutria el nervio,
el que ama,
el que aprende, el que enseña.


Por oficio, por oficio
hay miles pa nombrarle,
y van todos trenzados
con el criollismo.


No pretenda buscarle diferencias,
unifique, es ley de patriotismo.


Es por eso
que quiero que comprenda,
ciertas cosas
a veces duelen fiero,
yo no pialo,
pero he clavado la reja,
y soy criollo lo mesmo
que el que muenta.


Y sepa señor,
que no digo lo que digo
porque soy maestro
o porque me sobra ciencia.


Lo mesmo es criollo
el que puntea la tierra,
que el que hace
un libro con criolla conciencia.


Orgullo limpio de ser argentino,
orgullo macho de honor y decencia.


Por eso señor,
pa saber le falta saber
lo que es prudencia,
y pa aprender señor,
le sobra... si tiene vergüenza.


PARA QUE TU SAIBAS
Marco Aurélio Campos

Para ti meu patrício
Simplesmente para ti,
que sabe, ou pensa saber tudo.
Para ti! Especialmente...
que gosta de ir a uma festa campeira.
Que é uma festa gaúcha,
das mais gloriosas festas do meu Pago,
tipicamente crioula,
ou simplesmente uma doma,
como tu a chamas,
e que de doma parceiro,
não tem nada, porque para quem sabe,
o nome é gineteada.

Pois bem...

Para ti. Para ti e para tantos outros,
que para testar um gaúcho, como prova
querem fazê-lo sempre usando um laço,
para que piale, retorcendo a eguada,
ou no corcovear baldoso, do aporreado,
que foi acostumado a plantar quem gineteia.

Para ti meu patrício,

Para que de uma vez por todas,
aprendas, ao ficar sabendo,
depois que eu rasquetear tua ignorância,
esclarecendo-a carinhosamente,
para falar-te apenas de coisas que conheço,
sem repetir jamais o que aprendi,
pelo que ouvi dizer,
para que sintas patrício irmão,
que não destrilho
para não sofrer depois, com comentários.

Vou te falar a respeito, apenas do meu tempo,

e nunca do tempo que ele, que dobrou meu velho.
Patrício amigo!
Entre outros, existe lá pelo meu Pago,
o domador de potros, o que laça,
o que piala, o que monta e as vezes gineteia.

O diarista, o mensal, o que tropeia,

o que semeia e colhe, compra e vende,
o que cura, o que marca, o que banha
O que num toso de mestre, grava o nome.
E o que com tentos de ñandutí tece esperança.

Gente terrunha,

que o próprio tempo jamais apagará,
porque são homens, esteios do meu Pago.

E há homens por lá,

que não chimarroneiam
ou comem carne como a maioria,
porque lhes faz mui mal,
tal qual a ti.

Existe o alambrador,

que sem saber, talvez montar num flete,
domou a pá, a alavanca, o espichador,
faz mil maneias, cerca califórnias e sangra.
"Esse também é gaúcho e crioulo companheiro!"

Moreja lá, o monteador,

que se faz lenheira, e que reponta na tropa lenhadeira,
novilhada de coronilhas, angicos e paus-ferro,
montando um pingo cortador,
com cabo, que é conhecido mais como machado,
"Esse também é gaúcho e crioulo companheiro!"

Outros existem! que agüentam mil corcovos,

e que no toso de uma velga bem tirada,
deixam suas marcas com letras de sementes
por essas noites frias, fratoreadas.
"Esses também são gaúchos e crioulos companheiro!"

Há o que junta jujos,

o que ordenha, o caseiro!
o que esquila, o aguateiro, o que insemina.
Há o ferreiro, que a marreta e bigorna,
ferra e cuida os fletes,
Há os que amam, os que apreendem e os que ensinam.
"Esses também são gaúchos e crioulos companheiro!"

Por ofício ou profissão,

posso te citar milhares,
mas virão sempre trançados com o crioulismo.
Desiste de procurar a diferença!
Unifica! É lei de patriotismo!
Por isso! Por isso te peço que compreendas,
porque certos julgamentos que tu fazes, nos doem tanto...

Eu não pialo!

Nunca pialei,
Mas lavrei, bati enxada e ondenhei mil vezes.
"Eu sou tão gaúcho ou mais, do que o que monta."

Quero que saibas patrício,

que não digo o que digo,
por ser professor
ou me julgar melhor,
mas por ter vivido um pouco,
e ter sofrido muito,
calejando a alma em troca de experiência.

Ente de finalmente,

que é tão gaúcho,
o homem que trabalha na terra
desta terra ou deste Pago,
quanto o que laça, piala, gineteia
ou que escreve um livro com crioula consciência.

Orgulho gaúcho de sul-americano.

Orgulho mais lindo por ser brasileiro.
Orgulho macho de honra e decência.

Por isso companheiro, entende

que para saber,
te falta o que é prudência.
E para aprender, te sobra...
Se tiveres vergonha.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Buenas pessoal!!!!!

Saludo a todos!!

Vamo meio que se golpeando aos poucos no tal de Blogs!!

Haahahahah

Tava com uma inveja, qué dize, admiração, do Tio Tavares e do Tio Nelson com seus Blogs, resolvi fazer um também!!

Aqui vou simplesmente falar! Isto mesmo falar!!!!! Falar aquilo que penso sobre as coisas, sejam elas quais forem!!!!!

Vamo lá, se domando, só vai...

"Cante sua Terra e serás universal" (Atahualpa Yupanqui)